Como é difícil o momento em que você fica sozinha, só você e sua mente, te possibilitando a ter todos os pensamentos suicidas possíveis. Eu começo a pensar em quanto é difícil pra mim, em quanto tem sido difícil desde que eu nasci, em como os acontecimentos pousam em minha vida de uma maneira tão destruidora, tudo é tão trágico. E, não sendo trágico, não significa que é feliz, automaticamente, mas vazio, mórbido, sem sentido. Aí eu começo a pensar que nada vale a pena, se for viver pra sofrer dessa maneira. Ninguém sabe assim como eu sei como é ser humilhada, ameaçada, ser o centro das atenções por algo negativo, não fazer nada pra ninguém e mesmo assim sofrer as “consequencias”. As pessoas sempre tiveram medo de mim, eu sempre as ameacei, não no sentido de briga, de força fisica, mas no sentido de reconhecerem em mim uma força maior, que vem de dentro, uma força que seria capaz de realizar QUALQUER coisa que fosse de minha vontade e todos estavam certos, mas isso não significa que eles tivessem que fazer tudo o que fizeram comigo, hoje guardo marcas, que não posso apagar, de tudo que sofri antes e que continuo sofrendo. De repente eu começo a lembrar, também, no quanto vale a pena viver, no quanto a minha chance de nascer foi pequena e eu estou aqui, no quanto todos lutaram por mim, para que eu vivesse, mesmo com tantas complicações. Mesmo assim, quando eu começo a olhar pela minha janela, sinto vontade de voar, voar a caminho da morte, esgotar todo o sofrimento da maneira que todo mundo sonha em estar: voando. Sei que não há outra maneira de acabar com isso a não ser acabar com a minha vida, mas eu realmente não quero ir embora pra sempre.
Nenhum comentário:
Postar um comentário